quarta-feira, 29 de abril de 2009

Piaget

Segundo o texto “Epistemologia Genética e Construção dos Conhecimentos” de Tânia Beatirz Iwasko Marques. Jean Piaget desdobrou-os em quatro fases a construção do conhecimento.

Sensório-motor ( do nascimento aos 24 meses )
Este período limita-se a ações na realidade. Caracteriza-se por ser exclusivamente prática perdura até o aparecimento da linguagem.

Pré-operatória (dos 2 anos aos 7 anos)
Após o surgimento da linguagem o cérebro do ser humano já tem estruturas mentais que possibilitam a representação simbólica dos objetos que o cercam. Desta forma, ele não precisa mais estar na presença do objeto para saber que ele de fato existe. Este indivíduo é marcado pelo egocentrismo, causado pela falta de equilíbrio entre assimilação e acomodação. A criança nesta fase tem dificuldades de lidar com idéias diferentes daquelas que já acomodou. Seu pensamento é marcado pela intuição e pela percepção imediata da realidade. Além disso, a criança não tem acesso a um regresso cognitivo dentro do mesmo raciocínio, ou seja, após evoluir em um pensamento ela não consegue voltar ao ponto inicial.

Operacional-concreto (dos 7 aos 11 anos)
Neste período surge esta capacidade de reversão de pensamento, que possibilita a realização de ações mentais, embora limitadas. São construídas as operações lógicas de classificação e seriação. É o fim do egocentrismo. São operadores de ações concretas sem necessidade de conhecimento e aprendizagem, é o fim do egocentrismo. São operadores de ações concretas sem necessidade de conhecimento e aprendizagem formal (stricto sensu), embora deles possam se beneficiar. O real é quem define as possibilidades. As possibilidades são uma categoria do real.

Operatório-formal (dos 12 anos em diante)
Neste período o indivíduo tem acesso ao plano das possibilidades. Se no operatório-concreto o real era o limite do pensamento, agora, no operatório-formal o real é apenas um setor limitado entre diversas possibilidades. Neste período surge o pensamento hipotético-dedutivo e a possibilidade de relacionar diferentes teorias.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Negros e Brancos

Realizamos este trabalho com a turma da 4ª série da colega Marisete, onde trabalha a História do RS, na qual abordamos a etnia racial do nosso estado.
Aproveitamos que já estávamos pesquisando sobre a origem da população rio-grandense.
Os alunos pesquisaram suas origens, trazendo fotografias, gravuras que as identificassem, onde nós professores podemos interagir, pois também somos descendentes de índios, alemães, italianos, portugueses e negros.
Falamos sobre todas as etnias, e podemos nos encontrar em algumas delas.
Eles fizeram uma referência quanto a dificuldade de encontrar imagens de negros comuns (não famosos), dentro da sociedade. Nos livros didáticos de História sobre o negro no Rs, a figura negra é caracterizada, simbolizando pobreza, doença, escravidão, babás. Na televisão, o papel que os negros representam nas novelas empregadas domésticas, amas de leite, negras que cuidavam da sinhazinha. Hoje nas novelas atuais eles já ganharam papéis diferentes, mas algo que foi constatado nesta aula foi que ainda existe o racismo.
Contamos uma história verídica que aconteceu aqui no Balneário Arroio Teixeira, com um amigo e vizinho de Osório, que trouxe junto sua esposa e a filha menor. Eles vieram num final de semana, no inverno. Ele saiu para caminhar um pouco e conhecer a praia, em menos de meia hora voltou e nos contou que: voltei, pois todas as pessoas que estavam em casa ficavam me olhando, achando que eu poderia ser um ladrão. Não precisou dizer o motivo, pois sabíamos o porquê dos olhares.
Então surgiu o momento do questionamento aos alunos, eles estavam muito curiosos. Deixamos claro que conversassem entre si, pensassem e levantassem hipóteses, pois eles teriam que trazer a resposta, e saber o porquê do acontecido.
Levamos as crianças pensarem, pois sabemos que eles trazem consigo um aprendizado e poderemos construir juntos, a conclusão, deste acontecimento.
Colocamos a foto do vizinho bem destacado no mapa (iniciando o nosso trabalho com o mosaico), na parte inferior do RS. Quando viram a foto, acharam que fosse do presidente dos EUA, então esclarecemos que era justamente do amigo ao qual estávamos falando. Concluímos, então que se tratava de racismo, já que possui a pele negra, o racismo ainda está muito presente neste início de século, mas que podemos fazer com que a história seja diferente, pois sempre vamos lutar pela igualdade de todos, e que simplesmente a cor da pele não torna um negro inferior que qualquer outro tipo de pele.
Pedimos autorização para contar, e colocar a foto no trabalho, pois ele vai para a internet.
Percebemos, com a realização do trabalho, que o assunto ainda causa certo desconserto entre as crianças, parecendo que possuem preconceitos, dando margem para novos trabalhos em relação ao assunto.



Comentário:

Sou da década de 50, portanto fui criada dentro do racismo, minha mãe não queria que namorássemos pessoas negras e muito menos que casássemos com negros. Em 1979, meu irmão passou a namorar uma descendente de negros.
Meu irmão mais novo que eu oito anos e sabendo que nossa mãe não iria concordar me pediu para interceder por ele.
Conversei com ela a respeito, justificando que a moça era uma morena clara e tinha os olhos verdes, que era de boa família. Depois de muita conversa, minha mãe concordou com o namoro. Aos poucos foi conhecendo-a, gostando dela tratando-a como filha.
Quando meu irmão desmanchou o namoro nossa mãe ficou muito triste, não querendo a separação dos dois.
Trago este assunto para comparar com o que está acontecendo em nossa sociedade, onde existem pessoas que se acham melhores que as outras simplesmente por ter uma cor de pele diferente. Hoje temos leis que protegem os negros por discriminação racial, levando qualquer cidadão preso se for provado racismo.
As etnias já estão mescladas aqui no Brasil, fazendo com que sejamos um povo singular. No contexto atual, as professoras abordam o assunto etnias, em sala de aula, de forma que nenhuma raça se sobreponha a outra.
Na atualidade percebemos um racismo camuflado perante os negros. Nosso amigo Joni Delmar Quintanilha, parecido com o Presidente dos EUA, foi prova desta camuflagem, por ser negro, numa praia em que a maioria dos veranistas é descendente de Italiano e Alemã.
Quando aparece um negro, na praia, percebe-se que a sua presença causa medo, pois supõem no pensamento dos racistas que, provavelmente ele está observando os banhistas para depois roubá-los.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Aprendizagem

Lendo o texto indicado “Desenvolvimento e aprendizagem”, e seguindo as orientações tentarei expor o que aprendi como pessoa, trabalhadora e estudante.
Alguns anos atrás, lendo livros do poder da mente, cheguei a conclusão que eu tinha que mudar, pois sempre revidava junto às pessoas, ficava sempre na defensiva.
Com estas leituras consegui mudar, hoje se alguém me fala alguma coisa que não gosto, fico estática, me recolho para algum canto para chorar, e não consigo me defender por mais que eu ache que tenho razão. Isto já foi um começo da minha mudança. Porém, isto acabou me prejudicando, minha pressão sobe e passo mal, por mais que já tenha tomado meus remédios.
Então o Dr. Carlos Dutra, clínico em geriatria, pelas minhas queixas encaminhou-me para o “CAPES”, núcleo da Prefeitura onde existem psiquiatras, psicólogos e oficinas auto ajuda.
Passei por uma avaliação e fui indicada para consultar com o psicólogo.
Já faz 18 meses que uma vez por semana participo das reuniões. Ainda estou construindo aprendizagens, mas até agora creio que cresci um pouco, pelo menos vejo no que preciso mudar.
Hoje ainda não consigo voltar a revidar, mas sei que tenho que voltar a ser como eu era antes porque daquela forma de ser ,era mais feliz.
Aprendi que sou a pessoa mais importante para mim mesma. Devo me gostar para poder amar as outras pessoas.
Hoje vejo que sou parte importante no grupo, por também estar podendo contribuir com o crescimento das colegas.
Ao mostrar a elas que também devem fazer como eu. Tentar primeiro gostar de si próprias.
Neste período de aprendizagem, a minha auto-estima mudou. Com o conhecimento adquirido, mesmo sem notar, sei exatamente o que fazer para ter uma vida diferente. Estas mudanças são difíceis, mas sei que em primeiro lugar tenho que querer que isto aconteça.
Estudando, também tenho aprendido muito.Em História da Educação, aprendi ser política, e lutar pelos meus ideais. É um aprendizado que está inerente, e que por mais que eu queira não consigo ser diferente e ficar indiferente ao que acontece na nossa sociedade.
Estudar está sendo para mim um crescimento contínuo. Cada interdisciplina está fazendo diferença na minha vida.
As ações necessárias são as leituras, mas acho que o que me ajuda muito são os fóruns, onde existem as discussões me deixando com dúvidas, e fazendo com que busque mais para conseguir realmente aprender. Através da internet, a ajuda dos tutores e professores que realmente estão comprometido com todos nós. E com esse comprometimento, vejo que realmente tenho que ser uma educadora da mesma qualidade, para que se consiga fazer a diferença.
Aprender é querer passar o aprendido adiante, é querer compartilhar com as outras pessoas, o que já está inerente na gente, o que há de positivo neste desenvolvimento.
Aprender é saber que podemos e devemos mudar, é fazer a diferença, tentando melhorar o nosso mundo, nossa sociedade, nossa comunidade.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Ancestrais

Eu e outro, diferenças, ancestralidade.

Meu Eu exterior.


Quando olho-me no espelho, vejo um rosto oval, com marcas do tempo e do sol, um nariz médio , nem muito grande nem muito pequeno, com narinas meio abertas.
Meus olhos são castanhos bem claros, sobrancelhas e olhos pintados, com maquiagem definitiva, orelhas médias, dentes bonitos porém precisando de um clareamento.
Tenho o lado esquerdo do rosto mais redondinho que o lado direito, parecendo maior, supõe-se ser da minha genética, pois meus irmãos também têm este mesmo defeito.
Estou bronzeada, pego cor rapidamente, creio que herdei da minha avó paterna, pois ela era índia.
Não me acho nem bonita nem feia.




Meu Eu Interior.


Sou uma pessoa de bem com a vida, sou muito alegre, gosto de fazer brincadeiras e também aceito das outras pessoas.
Sou honesta, verdadeira, sincera, amiga.
Sei o que quero da vida. Sonho muito acordada, e o bom é que realizo todos meus sonhos.
Gosto de ser útil, sempre estou pronta para ajudar as pessoas no que for necessário, aprendi com meus pais “Faça o bem sem olhar a quem”.

Sou descendente de índio, minha avó materna era filha de índia com alemão, olhando as fotos do meu pai com sua família, me acho parecida com ele fisicamente, e no gênio muito parecida com minha mãe, herdei as qualidades, e defeitos, dos dois.
Meu pai está localizado na foto, como o quarto da esquerda para a direita, está usando traje escuro com gravata.


b) Eu e os outros
Meus irmãos me acham parecida com nosso pai, principalmente os olhos e o nariz. Os cabelos eles acham parecidos com os da nossa mãe, pois são ondulados. Talvez tenha herdado alguns traços dos meus avós, mas não os conhecemos, e por parte do meu avô paterno, não sabemos nada.
Quando perguntei para uma amiga o que ela achava de mim, ela respondeu sobre meu eu interior, ela acha que sou contente, feliz de bem com a vida, uma pessoa guerreira, que vai em busca se seus sonhos, e não desiste de seu verdadeiro propósito,não tenho medo da verdade e também não tenho medo de dizer a verdade para quem quiser ouvir, que sou esforçada, mãe amorosa e zelosa.Honesta a cima de tudo
Perguntei para o meu filho e ele disse que sou bonita, resposta de qualquer filho, pois todos acham ele parecido comigo, (achei meio suspeito) que tenho os músculo definidos, assim parecendo uma pessoa forte fisicamente. Ele concorda comigo e com minha amiga sobre meu eu interior, mas destaca que realmente vou em busca dos meus sonhos, achando importante, pois também o ensinei assim.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Epistemologia Genética

Aproveitamos este mês de abril, o mês que comemoramos a Páscoa, para abordar um tema tão rico, motivando-os a construírem juntos.


Tema “A Páscoa”.


Introduzindo um cartaz com Jesus crucificado (estilizado para não chocar) e um ovo de Páscoa.
Conversaremos sobre este tema, para perceber a bagagem cultural que eles já trazem consigo sobre o significado religioso e histórico da Páscoa. Apartir disto completaremos juntos( individualmente ou em grupo) esta construção através de atividades lúdicas e conversas informais sobre o tema A “Páscoa”.
Este projeto é para ser trabalhado dentro da semana da Páscoa, de segunda a quinta-feira , onde será diversificada as interdisciplinas, numa turma de 1º ano.
No primeiro momento trataremos da origem da Páscoa, onde têm o lado religioso e histórico:crucificação de cristo, para salvar as pessoas dos erros praticados, dando o significado de bem e de mal, então pedirei que cada um fale o que entendeu sobre o bem e o mal. Dependendo das respostas podemos sair do roteiro principal e ir em busca de novas aprendizagens.
Por que o coelho e o ovo são os principais símbolos da Páscoa.
Achar gravuras, para montarem um painel com os símbolos da Páscoa.
Em Ciências - Pesquisaremos tudo sobre o coelho, o que comem como se reproduzem, como vivem.
Em Português - Procurar em revistas letras para colagem e formarem a palavra coelho.
Em Educação Física - Trabalhar com o lúdico, jogos como o bingo com palavras ligadas a Páscoa, exemplo: chocolate, coelho, cesta, ovo, cenoura.
Trabalhar no pátio, brincadeiras como cada coelho na sua toca, cantar músicas do coelhinho, desenharei no chão com giz um labirinto onde terão que encontrar a cesta.
Em Geografia - Dentro da sala de aula, terão que desenhar no caderno um mapa formando o labirinto que leva até a cesta.
Em Matemática - Fazer jogos com ovinhos coloridos, trabalhando a ordenação, classificação e quantidade.
Em Artes e Matemática – Recortar 10 ovinhos para construir a idéia de dezena e colar os ovinhos numa cesta feita com dobradura.
Neste último dia as crianças farão um achocolatado que comeremos com uma Nega-Maluca feita por mim.


Comentário sobre a aula.

Ao levar para a sala de aula um cartaz, ele será o símbolo que desencadeará uma aprendizagem construtivista e epstemologia genética . O cartaz, portanto, levará o aluno a se motivar perante as questões que o professor pretende abordar como conteúdos de história, de religião, de matemática,e de geografia.
Dentre os objetivos será portanto, incentivar, interessar e motivar a construção do conhecimento que vai variar de criança para criança, pois cada uma vem de uma genética diferenciada. Assim, haverá momentos em que o professor motivará uma construção do conhecimento através dos exercícios propostos e em outros momentos estará exercitando o conhecimento epistemológico genético, A epistemologia genética piagentina busca uma explicação para o fenômeno da inteligência humana, ( Texto de Tânia Beatriz). Existe um intercâmbio entre professor e aluno e vice-versa, interagindo com o objeto.
Construiremos todos os dias os nossos conhecimentos, pois existirá uma troca, entre os sujeitos envolvidos.

Descendente de ìndio

Meu Eu exterior.


Quando olho-me no espelho, vejo um rosto oval, com marcas do tempo e do sol, um nariz médio , nem muito grande nem muito pequeno, com narinas meio abertas.
Meus olhos são castanhos bem claros, sobrancelhas e olhos pintados, com maquiagem definitiva, orelhas médias, dentes bonitos porém precisando de um clareamento.
Tenho o lado esquerdo do rosto mais redondinho que o lado direito, parecendo maior, supõe-se ser da minha genética, pois meus irmãos também têm este mesmo defeito.
Estou bronzeada, pego cor rapidamente, creio que herdei da minha avó paterna, pois ela era índia.
Não me acho nem bonita nem feia.




Meu Eu Interior.


Sou uma pessoa de bem com a vida, sou muito alegre, gosto de fazer brincadeiras e também aceito das outras pessoas.
Sou honesta, verdadeira, sincera, amiga.
Sei o que quero da vida. Sonho muito acordada, e o bom é que realizo todos meus sonhos.
Gosto de ser útil sempre estou pronta para ajudar as pessoas no que for necessário, aprendi com meus pais “Faça o bem sem olhar a quem”.


Sou descendente de índio, minha avó materna era filha de índia com alemão, olhando as fotos do meu pai com sua família, me acho parecida com ele fisicamente, e no gênio muito parecida com minha mãe, herdei as qualidades, e defeitos, dos dois.
Meu pai está localizado na foto, como o quarto da esquerda para a direita,está usando traje escuro com gravata.