sábado, 30 de maio de 2009

Negros Brasileiros.

História e Cultura dos Afro-descendentes no Brasil.

Lendo o texto “ Auto Imagem e Auto–Estima na Criança Negra, um olhar sobre seu Desempenho Escolar de Marilene Leal Pare.


Conforme minha ética, mencionei a ajuda que a prof.Marisete me prestou, colega de curso e de escola, ela entrevistou uma menina negra da 5ª série, deixando-me copiar, para fazer o trabalho de Etnias e Raças.
Estava em Porto Alegre, consultando com vários médicos, fazendo diversos exames, e me vi impossibilitada de fazer a entrevista, então me dirigi à E.E.E.F. Toyama,perto da minha casa em POA, mas na hora que eu estava disponível a escola estava fechada, então conversei com um rapaz afro-descendete, pois não era totalmente negro, tentou me ajudar, mas sua carona chegou, e ele teve que ir embora. Subindo para casa, vi um outro rapaz negro, chamei-o pois estava a mais de uma quadra dele, conversei com ele, ele me disse que não era negro, mas sim índio. Ele estava sujo,unhas compridas, mal cheiroso, devia morar na Vila Jardim ( vila em que moram alguns marginais). Então ele me disse que já tinha feito este tipo de trabalho, mas ganhava para isto, não tinha dinheiro então não pude continuar a entrevista. Acredito que tenha inventado esta história, agradeci, deixei ele se afastar para poder entrar em casa, sem que ele visse onde morava.


Conforme o texto de Marilene Leal Paré e a entrevista, cheguei a conclusão, de que é uma pessoa de cor negra, que consegue lidar com o preconceito, não sentindo-se inferiorizada, tem uma boa auto-estima, pois até agora ela está conseguindo superar todos os preconceitos, com a ajuda da família. Tem sonhos e sabe que pode realizá-los que depende simplesmente dela mesma, que a cor não tem influência na inteligência e nem nas atitudes a serem tomadas para seu crescimento pessoal e profissional. Ela sabe da origem dos seus antepassados e de todo o sofrimento já passado por eles, mas tem consciência que a negritude deles também ajudou na cultura do povo brasileiro. Deixando claro que a cor da pele é simplesmente um detalhe.


Dimensões da Expressão Afro-cultural – Marilene Leal Pare


Através da atividade anterior, da entrevista, posso observar que mesmo depois de tantos anos da abolição da escravatura, mesmo a constituição brasileira de 1988 trazendo leis que protegem os negros no Brasil, contra a discriminação racial, ainda noto que temos muito o que conscientizar, orientar os negros brasileiros de seus direitos, conforme endereço abaixo da internet.

www.pdt.org.br/partido/cao2.htm - 17k


A aluna de 12 anos entrevistada, deixa claro que sofre “certa discriminação”, mas que aparentemente não mexe com sua auto-estima, pois está na idade adequada para a 5ª série, parece-me bem resolvida, diz que gosta de ser do jeito que é. Sua família parece ter papel fundamental, para que ela se sinta assim, mas ao mesmo tempo me parece muito cedo para saber realmente se no futuro isto não vai agir negativamente nela.
Estando na escola ela precisa de professores comprometidos em fazer com que os colegas não a discriminem, ou pelo menos depois de ter acontecido, conversar a respeito do racismo, mostrando-lhes que a única diferença é a cor da pele, e que devem tratá-la de forma diferente sem preconceitos.
Acho que precisamos rever nossos conceitos e fazer uma nova história, respeitando todo o ser humano, independentemente da cor.
Assim como a família, a escola tem papel fundamental em garantir o direito de todas as crianças de serem tratadas com igualdade. A escola deve introduzir mais a realidade brasileira, pois somos 44% negros no Brasil, com somente um dia para a conscientização negra, este é um assunto que deve ser abordado sempre, fazer parte do nosso dia-a-dia.
Nosso povo é uma mistura de raças e etnias, mas o que realmente importa é que independentemente de cor, somos todos brasileiros.


Conclusão: por tudo que se ouviu dessa menina, ela tem consciência do que seja racismo porque sentiu na pele a discriminação, porém, mesmo com estes entraves sociais ela é uma menina feliz porque na convivência familiar, seus pais lhe dão firmeza, um alicerce, para então sonhar e acreditar em um futuro de realizações. A partir daí, o racismo fica em segundo plano.

2 comentários:

Rosângela disse...

Oi Nina,

Com relação a tua postagem, quero destacar três aspectos importantes:

1) falar de uma atividade que foi realizada por uma colega é algo complicado, pois o ponto de partida já é o olhar do colega, com sua leitura e sua interpretação. Acabas lendo e compreendendo determinada realidade por um olhar que não é o teu. Nossas experiências pedagógicas precisam ser vividas de fato e analisadas por nós mesmos. Além disso, tal análise deve estar ancorada nas discussões teóricas feitas em aula.

2)O Portfólio de Aprendizagem é um espaço para o registro do processo de aprendizagem de vocês e isso inclui: dificuldades, desafios, novos saberes, dúvidas, etc...Trata-se de reflexões que surgem a partir das atividades que vocês realizam no curso. Não cabe aqui postar uma atividade da interdisciplina, pois tal atividade já cumpriu seu objetivo quando postada e comentada. Procura colocar no blog elementos para além da atividade...não tem sentido repetir o trabalho feito. É preciso ir além, registrando o que a atividade te suscitou, que saberes, mudanças, reflexões, ok!!!

3) Pesquisar na internet aquilo que não sabemos é, sem dúvida, uma forma de aprendermos mais. Mas aprender exige um movimento de reflexão, de reorganização do que lemos, se não temos apenas informação, e não conhecimento.

Seguimos conversando. Beijos, Rô Leffa

Eliana Ventorini disse...

Nina, querida!
Tudo bem contigo?

Concordo com a Rosângela, quando afirma que se tivesses realizado, tu mesma, uma entrevista com alguma criança negra (poderia ser alguém fora da escola, já que estás em licença), o trabalho teria te trazido uma contribuição maior. Como essa atividade, no teu caso, foi combinada com o professor Nilton? Chegastes a mencionar com a equipe da interdisciplina que não estás em sala de aula e, nesse caso, como poderias encaminhar a entrevista?
Ao analisares a entrevista da colega, destacas o lado da menina 12 anos, certo? Mencionas o quanto sua identidade étnica é valorizada na e pela sua família e o quanto isso é importante, o quanto isso a torna mais forte para enfrentar tanto o despreparo da escola, que muitas vezes não intervém de forma adequada, quanto o preconceito dos colegas. Esse é um aspecto muito rico que trouxestes na tua observação. E quanto à escola, à professora? Afirmas que a menina acha ruim quando faz alguma queixa ao professor em relação a discriminação e o professor não toma atitude nenhuma em sua defesa e que tem medo de sofrer rejeição dentro da escola. Na tua opinião, como a escola tem lidado com essas situações? Como a professora poderia agir, nesse caso? Que tipo de intervenção seria mais adequada? Simplesmente se posicionar em “defesa” da menina ou planejar uma prática pedagógica que dê conta do problema da discriminação, do preconceito? Temos grande expectativa de que tragas para esse espaço tuas reflexões e tuas proposições, como bem apontou a Rosângela! ;)

Beijo grande,
Profa Eliana