terça-feira, 26 de outubro de 2010

Semana III - Outubro/2010

Nesta terceira semana de outubro, refere-se aos três últimos meses de 2008, onde articulo o tema do meu TCC a Afetividade com minhas aprendizagens.

No meu plano individual de estudo 2009 tive como objetivo, crescer intelectualmente, fazendo minhas atividades sempre em dia. Usar a tecnologia como recurso, aprendendo usar pbworks, email, e blog, pois é a ferramenta disponibilizada para os estudantes.
Fazer cursos para o aperfeiçoamento profissional na educação, pessoal e como aluna buscar cursos para as horas complementares exigidas pelo curso., antes de terminar o VI semestre.
Neste Semestre IX, ficou evidente ter alcançado todos os meus objetivos, pois estou me preparando para o término do Curso de Pedagogia à Distância.
Nas interdisciplinas, OGE, ECS, OEF, me possibilitou conhecer mais sobre o governo, escola, saber dos nossos direitos e deveres.
A interdisciplina OGE aprendi sobre os conceitos básicos da Democracia, de ter o direito de livre escolha.

“Democracia”, soberania popular. Organização do povo em todos os segmentos, com direitos e deveres.
Da administração democrática nas escolas, é garantido por lei e feitos sociais, repasse de verbas, promoção de recursos, plano de aplicação, prestação de contas. Ela possui também o Projeto Político Pedagógico, que poderia chamar-se Organização Democrática de Ensino, onde toda a comunidade escolar participa, mas o aluno é a peça principal deste projeto. É visando o aprendizado deste aluno que é construído o PPP.

O povo precisa participar, como um ser importante na política contemporânea. (Bornenave – 1994 )
Entendi que gestão democrática, se faz quando a escola respeita a comunidade, fazendo com que ela compartilhe com todos os segmentos. E que todos possam participar de forma efetiva.

No texto “ Noções gerais sobre financiamento da Educação no Brasil” informa-nos que, a época da colonização do Brasil, por quase dois séculos, a Coroa portuguesa barganhava com os jesuítas; eram-lhes concedidas terras e regalias comerciais, e assim garantiam o ensino gratuito nas escolas de primeiras letras.
Avaliando as Constituições de 1934 até 1988, em relação aos recursos financeiros para a educação, houve um avanço moderado.
A leitura me fez também saber da existência do salário-educação. Para entender o tema pesquisei na Internet e transcrevo a seguir.
Em 1964 foi instituído o salário –educação, Sendo que está previsto no art.212, 5°, da Constituição Federal regulamentadas pelas leis nºs 9.424/96, 9.766/98, Decreto n ° 6003/2006 e lei n° 11.457/2007. O cálculo é feito com base na alíquota de 2,5 sobre o valor total das remunerações pagas pelas empresas, a qualquer título, aos segurados empregados, ressalvados as exceções legais, e é arrecadada, fiscalizada e cobrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, no Ministério da Fazenda (RFB/MF).
Os subsídios do salário, são dados por empresas em geral e as entidades públicas e privadas vinculadas ao regime geral da Previdência Social, abrangendo como tal qualquer firma individual ou sociedade que assuma o risco de atividade econômica, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, sociedade de economia mista, empresa Pública nos termos do art.2°, artigo 173 da Constituição.

Página do MEC – Página FNDE – Salário-educação out.2008

A Constituição Federal de 1988 instituiu um percentual mínimo da verba repassada pela União, pelos municípios e pelos estados para a Educação.
O Programa Nacional de Alimentos Escolar PNAE, implementado em 1955 garante, por meio de transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos.

Através do texto Saberes docentes e formação profissional, constatei que o autor “Maurice Tardif” tem razão.
Comparando o trabalho industrial com o trabalho docente, vemos que são totalmente diferentes: trabalho na indústria, com objetos materiais, precisos, a curto prazo, material, seriado passivo, controlado pelo profissional, pode ser medido, avaliado, o consumo do produto do trabalho é totalmente separável da atividade do trabalhador.
Trabalho docente: com seres humanos, ambíguos, ambiciosos, a longo prazo, oferece resistência, autodeterminação, ativo, o trabalhador precisa da colaboração do objeto, o trabalhador não pode controlar o objeto, intangível e imaterial, não pode ser medido dependente do trabalhador.
Comparando com outras atividades existentes e o trabalho docente, onde nosso objeto de trabalho são seres humanos, seres únicos, com características diferentes, angustias, dúvidas, incertezas, problemas familiares. O professor tem o dever de ensinar, fazer com que o aprendizado de cada aluno se concretize mesmo com suas diferenças individuais. Existe um Regimento Escolar, e um Projeto Político Pedagógico, para nortear o professor.
No trabalho docente, o objeto de trabalho são seres pensantes, seres sociais, que despertam certas atitudes nos professores, e estes influenciam os mesmos de maneira positiva, mas como ser social, ele recebe certas influências que escapam do controle, do professor, do trabalhador docente.
A arte de ensinar, ou seja, levar o ensino-aprendizagem para os alunos, é quando o professor consegue passar o seu “saber” de forma simples da prática do próprio ofício, levando o ensino, tendo que muitas vezes criar um meio para que este aprendizado aconteça, prendendo, levando o aluno querer aprender por vontade própria.

Como trabalhador docente, em seu dia-a-dia, o professor precisa envolver-se emocionalmente para conseguir que o aluno participe ativamente da aula, com o seu objeto de trabalho, o aluno necessita uma interação com o professor. O professor faz a diferença dentro da sala de aula quando realmente se envolve com o aluno, ele passa a confiar mais no professor, e este passa a ver a educação de outra maneira. Vê o professor como um amigo. Concluindo então que a afetividade nos leva ao aprendizado, pois existe sujeito, sujeito e objeto. Profissionalmente guiado por um PPP e um Regimento Escolar, independente, com moral. Como autônomo cria seu próprio ambiente pedagógico, assumindo e resolvendo seu dia-a-dia, com uma visão ampla de mundo, de homem e de sociedade.
O trabalhador docente, é formador de seres humanos críticos, formadores de caráter, de personalidade. Do professor depende este ser que ao longo da vida vai se tornando adulto, formador de opiniões, com ideais próprios. Deste trabalhador depende o nosso futuro, sua responsabilidade é muito grande, pois estão formando cidadãos do mundo.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2003. (cap. 3. pág. 112 -149)

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua produção ou sua construção” Paulo Freire

Siglas usadas:

OEF = Organização Ensino Fundamental
OGE = Organização Gestão da Educação
ECS = Escola , Cultura e Sociedade - Abordagem Socio Cultural e Antropológica

Um comentário:

Roberta disse...

Nina!!!

Essa tua postagem traz as referências corretamente e conseguiste falar das aprendizagens e das atividades sem cola-las novamente, o que facilita a leitura.
Só peço que complemente, aqui mesmo nos comentários, o que querem dizer as siglas das interdisciplinas citadas. Por exemplo: ECS -Escola, Cultura e Sociedade- Abordagem Sociocultural e Antropológica. Isso irá situar melhor o leitor.

Abraços
Roberta