sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Amar é educar Didática

Temas Geradores
“A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem”.
Paulo Freire, grande estudioso, deixou-nos muitas obras sobre a educação. Seu nome tem merecido homenagem no mundo todo. Através de seus estudos ele contribuiu para que a escola brasileira passasse a valorizar a importância da leitura e do diálogo e assim refletir sobre a opressão dominadora
e a construção da consciência crítica, o que nos levará a um processo de libertação.
Buscando um homem mais concreto e mais liberto, Paulo Freire nos apresenta o caminho dialógico para ajudar “o homem a tornar-se homem”.
A essência de seu pensamento está em dois pontos: conscientização e a educação como prática da liberdade, seu propósito de alfabetizar rapidamente um grande número de pessoas, têm como meta a educação conscientizadora, isto é, educar o povo para a participação consciente na realidade política do país, ele nos mostra como lutar as explorações opressoras e dominadoras.
Os educadores devem rever suas práticas em relação ao que somente eles falam e os demais escutam. Discursos vazios, descomprometidos com a realidade social dos alunos. Paulo Freire denominou de educação bancária, na qual o professor deposita seus conhecimentos nas mentes “vazias” dos educandos. O professor sabe tudo, o aluno não sabe nada. Ele é o sujeito e o aluno é o objeto
Paulo Freire propôs em toda a sua obra a necessidade de uma educação libertadora que leve o homem a compreensão da sociedade e seu papel dentro dela. Ele achava que o desenvolvimento de receptividade das mudanças e de atitude de entendimento do outro. É através do diálogo do professor com seu aluno, com os alunos, com as realidades naturais e culturais da comunidade, o povo caminhará para o autogoverno e para a participação do homem na construção da vida coletiva, é importante que o professor respeite os educandos eliminando qualquer conotação de superioridade intelectual ou cultural.
A partir do trabalho pedagógico com os alunos, a escola assumirá a sua função de libertadora, pela utilização do diálogo como método, o professor como comunicador do grupo, a sala de aula como lugar apropriado e um grande espaço de pesquisa, investigações e ação cultural.
Através do diálogo entre educador e educandos, que se apresentará a situação presente, existencial, concreta, refletindo o conjunto de aspirações do povo que poderemos organizar o conteúdo programático da educação ou ação política..
As salas de aula são espaços para reflexão e criatividade, lugar de encontro de pessoas conscientes do seu papel no mundo. A oposição ã educação bancária que imobiliza, queremos uma educação participante criadora de diálogos que fortaleça no amor, desta maneira humanizando e trazendo consigo a liberdade.
Precisamos de educadores mais compromissados com a educação, juntamente com vontade e a visão política do governo, com uma administração, adequada para uma sociedade democrática, que sabe se seus direitos e deveres. Como diz em nossa bandeira riograndense: Liberdade, Igualdade e Humanidade”.
“Eu agora diria a nós, como educadores: ai daqueles e daquelas que pararem com a sua capacidade de sonhar, de inventar, a sua coragem e denunciar a anunciar.Ai daqueles e daquelas que, em lugar de visitar de vez em quando o amanhã, o futuro, pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e com o agora, ai daqueles que, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina”.
( Freire, 1983, p.101).

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